quinta-feira, 12 de abril de 2012

Superintendente da CONAB/PB é suspeito de gerar prejuízo de R$ 4 mi ao órgão



Indicado pelo deputado federal Hugo Mota (foto abaixo) para o cargo, o atual superintendente regional da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) na Paraíba, engenheiro Valdizete Aragão de Almeida, está com uma espada erguida contra seu pescoço.
Citado em vasto relatório elaborado pela Controladoria Gera da União a pedido da Presidência da República logo após os escândalos que levaram à queda do então ministro da Agricultura, Wagner Rossi, o engenheiro é suspeito de causar prejuízo de mais de R$ 4 milhões ao órgão.
A indicação do suposto prejuízo ganhou um capítulo especial no relatório 00190.021911/2011-41-A, resultante de auditória especial da CGU em toda a Companhia. Trata-se da venda de um imóvel da Conab em Salvador, na Bahia, cujo parecer do atual superintendente do órgão na Paraíba sobre o valor do imóvel ficou mais de R$ 4 milhões abaixo do que indicava a Caixa Econômica Federal e a ainda entidade técnica que avaliou o bem.
Funcionário de carreira da Conab, Valdizete tomou posse na chefia do órgão na Paraíba em novembro de 2011 No mesmo ano, foi vendido um imóvel da CONAB no Estado da Bahia, onde funcionava a sede do órgão, que a Caixa Econômica Federal havia avaliado em R$ 8.132.144,39. Atuando também na Bahia, por ser o único engenheiro da Companhia na região Norte e Nordeste, Valdizete Aragão de Almeida emitiu um laudo técnico informando que o imóvel teria o valor de venda entre R$ 2.584.000,00 e R$ 3.617.600,00.
Ao final do leilão o imóvel foi vendido por R$ 3.702.050,00.

O prejuízo para a empresa foi de R$ 4.430.094,39 (quatro milhões, quatrocentos e trinta mil, noventa e quatro reais e trinta e nove centavos), com base no relatório da CEF.

Em sua defesa, o engenheiro argumento, tecnicamente, que adotou todas os itens necessários para compor o valor do imóvel. A CGU não se convenceu. “Tal afirmação suscita dúvidas se o técnico da Conab analisou atentamente o Laudo de Avaliação da CEF, de 19 de maio de 2010. A afirmação feita no item “b” está totalmente fora de contexto.”, diz trecho do relatório, que completa: “O cálculo que resultou em um valor provável de venda situado no intervalo de R$ 2.584.000,00 –> R$ 3.617.600,00 não contemplou cálculo de reedição das benfeitorias existentes, assim como este teve como base a situação hipotética de um possível investidor adquirindo o terreno para a instalação de um empreendimento residencial que pudesse atender à demanda do Programa Minha Casa Minha Vida, portanto, é descabida a afirmação que a avaliação contemplou cálculo de reedição das benfeitorias existentes. Já a afirmação feita no item “c” suscita dúvidas se o técnico da Conab leu o Laudo de Avaliação da CEF, de 19 de maio de 2010”.

Internamente, o caso está em apuração pela Conab.

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