Poesia

Ratear ou Abortar    O ETERNO BRILHO DE CRIANÇA

Deixai vir às criancinhas
Elas devem continuar a sorrir
Criar caminhos
Construir o futuro
Deixai sua alegria
Nascer, crescer e fluir
Deixai viver para sempre
O direito dos pequenos
Nesta Terra
Afastai da fome
Tirai da violência
Escondei da guerra!
E que sempre o eterno brilho
Da criança que existe em nosso ser
Eternize solidariedade
Transformando assim
Cada dia
Num suave amanhecer!
Que o seu dia não seja um único dia...

Que esse dia seja o amanhã e sempre!
Biu Fernandes
Eu ouvi de um prefeito
A estranha expressão
“A honestidade inibe
Festividade e construção”
Tem emenda parlamentar
Que para se liberar
Exige uma divisão
.x.x
                                      Ele deu mais de um exemplo
                                           De emenda parlamentar
“                                Uma mão lavando a outra”
                              Para poder liberar
            Basta gastar a metade
A outra é pra ratear
 .x.x
Se for para calçamento
Lobista já licitou
Um metro quase cinquenta
E diz que é o valor
Honesto não dá aval
Pois trinta é o ideal
Para qualquer construtor
 .x.x
Sendo pra festividade
Ainda vai piorar
“Quarenta por cento os custos
O resto é pra ratear
E um prefeito honesto
Se nega, sob protesto
E a emenda vai abortar”






Nossos poetas IV-b



Poesias de Geraldo Alves Cordeiro e Edgley Borges Ramos.
 Ronaldo Cunha Lima

Discussão Pontual


Aconteceu, certa vez,
memorável discussão
em meio à pontuação,
discussão gramatical.
A vírgula, bem saliente,
começou: "- Eu sou é quente!
Só não me faço presente
na oração principal!"
Retrucou a reticência:
"- Dona vírgula, paciência!
Não seja assim tão boçal!
Você é uma simples pausa,
uma confusão total!"
E, naquele mesmo instante,
vem outro sinal falante
a querer entrar na briga:
"- Acabem com essa intriga!
Eu, sim, é que sou o tal.
terminou a discussão,
pois eu sou a conclusão:
eu sou o ponto final!"
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POESIA DE RONALDO CUNHA LIMA

Você me faz medo,

mas você me faz falta.

A diferença entre o medo e a falta

é que o medo você sabe quando tem,

e na falta você sente que não tem.

A falta, com o medo, sobressalta.

Entre o medo que você me traz

e a falta que você me faz,

você é o medo que me falta
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SONETO DA EXISTÊNCIA



Em tudo, na existência,
É preciso ter cautela.
É nossa vida tão bela,
e feita pra paciência...

É provável que a ciência,
de tanto só estudar,
Se esqueça de “passear”
E conhecer a essência.

Tenho a certeza no peito,
Que pra manter o respeito
É preciso consciência,

Caráter e humildade,
Sorrir com sinceridade,
Relevando a aparência.
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