Estado amplia serviços para ajudar pessoas que desejam deixar de fumar
![07.12.11 PROGRAMA_TABAGISMO_VANIVALDO FERREIRA (23)](http://www.paraiba.pb.gov.br/wp-content/uploads/2011/12/07.12.11-PROGRAMA_TABAGISMO_VANIVALDO-FERREIRA-231-270x202.jpg?41ed4f)
Em toda a Paraíba, existem 40 Centros de Referência para Tratamento dos Fumantes, onde fumantes podem buscar apoio, de maneira gratuita, para se livrar do vício provocado pela nicotina. O serviço é oferecido em Unidades de Saúde da Família, em Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Centros de Atenção Integral à Saúde (Cais), Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e Centros de Saúde em 31 municípios. Em alguns casos, os pacientes abandonam o cigarro com menos de um mês de acompanhamento.
O tratamento nos Centros de Referência para Tratamento dos Fumantes acontece por meio de programa desenvolvido pelo Ministério da Saúde, que repassa medicamentos ao Estado. Este, por sua vez, é responsável pela qualificação das equipes, monitoramento dos trabalhos realizados nos Centros e pelo encaminhamento do material enviado pelo Ministério. Os municípios entram com a administração das unidades de saúde, que vão receber os pacientes.
De acordo com Gerlane Carvalho de Oliveira, coordenadora do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), ao procurar um dos Centros, o paciente é recebido por uma equipe multiprofissional, com médicos, psicólogos, enfermeiros, entre outros. “Eles passam, inicialmente, por uma avaliação clínica e começam a integrar um grupo com, geralmente, 15 fumantes, que também querem se livrar do vício”, explicou.
Com o grupo, o paciente enfrenta quatro sessões – comumente, uma por semana. Nelas, os fumantes trocam informações e, sobretudo, recebem orientações de como substituir a ansiedade de fumar. “Por meio de uma avaliação médica, é verificado se o grau de dependência do paciente está tão avançado a ponto de ser necessário tratamento medicamentoso. Cada caso é diferente. Existem fumantes que, na terceira sessão, por exemplo, sem uso de medicação, conseguem abandonar o vício”, contou Gerlane.
O uso dos medicamentos acontece sob monitoramento da equipe do Centro. As recaídas são possíveis e, quando ocorrem, os dependentes voltam a ser acompanhados. “Mas, independentemente do trabalho do Centro, o paciente precisa querer se livrar do vício para conseguir vencê-lo”, destacou a coordenadora. Em média, os Centros formam um grupo a cada trimestre, mas em cidades maiores, como João Pessoa, esta frequência é bem maior.
Na Paraíba, o tratamento de fumantes acontece em unidades de saúde da Capital, que possui cinco centros; Campina Grande, também
com cinco; e Aroeiras com dois. Em 28 cidades existe um centro: Bayeux, Caaporã, Cabedelo, Guarabira, Belém, Alagoinha, Bananeiras, Solânea, Esperança, Lagoa Seca, Queimadas, Remígio, Soledade, Taperoá, Cuité, Monteiro, Sumé, Patos, Piancó, Catolé do Rocha, São Bento, Cajazeiras, Sousa, Pombal, Princesa Isabel, Jurú, Tavares e Bonito de Santa Fé.
![07.12.11 PROGRAMA_TABAGISMO_VANIVALDO FERREIRA (5)](http://www.paraiba.pb.gov.br/wp-content/uploads/2011/12/07.12.11-PROGRAMA_TABAGISMO_VANIVALDO-FERREIRA-51-270x202.jpg?41ed4f)
Doenças do tabaco – O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas sejam fumantes.
Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. Enquanto nos países em desenvolvimento os fumantes constituem 48% da população masculina e 7% da população feminina, nos países desenvolvidos a participação das mulheres mais do que triplica: 42% dos homens e 24% das mulheres têm o comportamento de fumar.
Na Paraíba, o tabagismo é um dos fatores de risco mais fortes para o aparecimento de câncer, que é a segunda causa maior de morte. De acordo com dados da SES, no período de 2001 até agora, o câncer foi responsável por 25.224 mortes na Paraíba, sendo 12.933 em homens e 12.291 em mulheres. Os óbitos por neoplasias aconteceram em todas as faixas etárias, entretanto, o maior número de mortes se concentra na faixa a partir dos 50 anos. Nesta faixa, foram 20.668 mortes, o que representa 82% de todas as ocorrências.
Os tumores malignos de estômago, fígado, pulmão, mama, útero e próstata são os que apresentam a maior incidência. “Hábitos de vida como o consumo de álcool, tabagismo e o stress são situação e fatores de risco para estes agravos”, comentou a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Júlia Vaz.
![07.12.11 PROGRAMA_TABAGISMO_VANIVALDO FERREIRA (25)](http://www.paraiba.pb.gov.br/wp-content/uploads/2011/12/07.12.11-PROGRAMA_TABAGISMO_VANIVALDO-FERREIRA-25-270x202.jpg?41ed4f)
Fumar durante a gravidez traz sérios riscos. Abortos espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a placenta e episódios de hemorragia (sangramento) ocorrem mais frequentemente quando a grávida é fumante. Tais problemas se devem, principalmente, aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina exercidos sobre o feto, após a absorção pelo organismo materno.
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