sábado, 25 de fevereiro de 2012

25/02/2012 03h34 - postado por Luís Tôrres Tatiana deixará Secretaria de Saúde com mais de 40 inquéritos abertos pelo MP EXCLUSIVO - Pré-candidata à prefeitura de Campina Grande, a médica Tatiana Medeiros resolveu antecipar sua desincompatibilização da Secretaria de Saúde do Município e anunciou que deixará a pasta no dia 6 de abril e não no dia 6 de junho como tinha direito. Diferentemente do cenário cor de rosa que pinta sobre a Secretaria de Saúde de Campina, ela vai deixar uma pasta repleta de “broncas” para seu sucessor. Inquéritos movidos pelo Ministério Público do Estado apontam falta de médicos nos PSFs e precariedade de estrutura em alguns hospitais de Campina, que possuem convênios com o município. A indicação consta no relatório do Ministério Público do Estado, sob a responsabilidade da Promotoria em Defesa dos Direitos da Saúde em Campina, acerca das ações movidas contra a prefeitura de Campina Grande na gestão de Veneziano Vital do Rego. De acordo com o relatório, Tatiana Medeiros vai deixar uma secretaria que responde atualmente por pouco mais de 40 inquéritos civis públicos abertos pelo Ministério Público do Estado. Sete deles instaurados em 2011, ano em que a pré-candidata peemedebista assumiu a pasta. Entre os sugeridos em 2011, inquéritos que pedem apuração das condições das Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) localizadas no Tambor e no Pedregal (reforma), averiguação de irregularidades nas contratações no Processo de Seleção Simplificada de profissionais da Saúde pela prefeitura e apuração de redução na distribuição de vacinas. A lista, composta por Inquéritos abertos desde 2009, é ainda mais extensa. Há ainda inquéritos exigindo contratação de médicos para os PSFs, cumprimento do Estatuto do Idoso, apuração de irregularidades em UBSF e PSFs na Ramadinha, das Malvinas, Nova Brasília I e II e Jardim América I e até inspeção no Fundo Municipal de Saúde. Em entrevista ao blog, o promotor da Saúde de Campina Grande, Herbet Targino (foto ao lado), confirmou a preocupação com a situação da área na cidade. Além da falta de médicos nos PSFs, segundo ele, o maior problema ainda reside na questão da contratualização da prefeitura de Campina com os hospitais da rede privada que dão suporte ao atendimento público. As queixas de precariedade na relação e no pagamento por parte da Secretaria são inúmeras. Targino diz que outro ponto que tem inspirado os esforços do Ministério Público é a situação do ISEA (Instituto de Saúde Elpídio de Almeida), principal maternidade da região. Segundo ele, o ISEA, que chega a realizar cerca de mil partidos por mês, não possui uma UTI Para as Gestantes e ainda não tem, apesar da exigência legal, um banco de sangue próprio. Estes temas, inclusive, motivaram a abertura de três Inquéritos Civis Públicos contra a Secretaria de Saúde de Campina Grande, todos devidamente instaurados e com prazo de conclusão pra este ano. Além dos ICPs, o sucessor de Tatiana terá que conviver com a existência de procedimentos administrativos, abertos na gestão da atual secretária, seis ações civis públicas e dois mandados de segurança, impetrados desde 2007 pelo Ministério Público, e dezenas de reclamações. Um quadro bem distante do diagnosticado pela secretária em suas entrevistas. Apesar dos avanços obtidos na área, ela terá muito o que explicar durante a campanha ao eleitorado campinense. Ao Ministério Público do Estado e à Justiça as explicações já serão responsabilidade do seu sucessor a partir do dia 6 de abril. Quando ela deixar a pasta rumo à disputa eleitoral.


EXCLUSIVO - Pré-candidata à prefeitura de Campina Grande, a médica Tatiana Medeiros resolveu antecipar sua desincompatibilização da Secretaria de Saúde do Município e anunciou que deixará a pasta no dia 6 de abril e não no dia 6 de junho como tinha direito.
Diferentemente do cenário cor de rosa que pinta sobre a Secretaria de Saúde de Campina, ela vai deixar uma pasta repleta de “broncas” para seu sucessor. Inquéritos movidos pelo Ministério Público do Estado apontam falta de médicos nos PSFs e precariedade de estrutura em alguns hospitais de Campina, que possuem convênios com o município.
A indicação consta no relatório do Ministério Público do Estado, sob a responsabilidade da Promotoria em Defesa dos Direitos da Saúde em Campina, acerca das ações movidas contra a prefeitura de Campina Grande na gestão de Veneziano Vital do Rego.
De acordo com o relatório, Tatiana Medeiros vai deixar uma secretaria que responde atualmente por pouco mais de 40 inquéritos civis públicos abertos pelo Ministério Público do Estado. Sete deles instaurados em 2011, ano em que a pré-candidata peemedebista assumiu a pasta.
Entre os sugeridos em 2011, inquéritos que pedem apuração das condições das Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) localizadas no Tambor e no Pedregal (reforma), averiguação de irregularidades nas contratações no Processo de Seleção Simplificada de profissionais da Saúde pela prefeitura e apuração de redução na distribuição de vacinas.
A lista, composta por Inquéritos abertos desde 2009, é ainda mais extensa. Há ainda inquéritos exigindo contratação de médicos para os PSFs, cumprimento do Estatuto do Idoso, apuração de irregularidades em UBSF e PSFs na Ramadinha, das Malvinas, Nova Brasília I e II e Jardim América I e até inspeção no Fundo Municipal de Saúde.
Em entrevista ao blog, o promotor da Saúde de Campina Grande, Herbet Targino (foto ao lado), confirmou a preocupação com a situação da área na cidade. Além da falta de médicos nos PSFs, segundo ele, o maior problema ainda reside na questão da contratualização da prefeitura de Campina com os hospitais da rede privada que dão suporte ao atendimento público. As queixas de precariedade na relação e no pagamento por parte da Secretaria são inúmeras.
Targino diz que outro ponto que tem inspirado os esforços do Ministério Público é a situação do ISEA (Instituto de Saúde Elpídio de Almeida), principal maternidade da região. Segundo ele, o ISEA, que chega a realizar cerca de mil partidos por mês, não possui uma UTI Para as Gestantes e ainda não tem, apesar da exigência legal, um banco de sangue próprio.
Estes temas, inclusive, motivaram a abertura de três Inquéritos Civis Públicos contra a Secretaria de Saúde de Campina Grande, todos devidamente instaurados e com prazo de conclusão pra este ano.
Além dos ICPs, o sucessor de Tatiana terá que conviver com a existência de procedimentos administrativos, abertos na gestão da atual secretária, seis ações civis públicas e dois mandados de segurança, impetrados desde 2007 pelo Ministério Público, e dezenas de reclamações.
Um quadro bem distante do diagnosticado pela secretária em suas entrevistas. Apesar dos avanços obtidos na área, ela terá muito o que explicar durante a campanha ao eleitorado campinense.
Ao Ministério Público do Estado e à Justiça as explicações já serão responsabilidade do seu sucessor a partir do dia 6 de abril. Quando ela deixar a pasta rumo à disputa eleitoral.  

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