A Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa) investe na melhoria genética de caprinos e ovinos da Fazenda Esperimental Pendência em Soledade
Nesta sexta-feira (3), no município de Soledade, a Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa) finalizou um processo de transferência de 638 embriões importados da África do Sul a matrizes receptoras do rebanho de ovinos e caprinos da Paraíba. O procedimento aconteceu na Estação Experimental de Pendência, desde a segunda-feira passada. Ao todo, 288 ovelhas e 350 cabras de corte (das raças Boer e Savana) e leiteiras (Saanen e Alpina Britânica) foram inseminadas artificialmente.
Fanie Steyn, da África do Sul, faz inseminação em uma cabra
Para a importação de 910 embriões da África do Sul, o Funcep repassou à Emepa recursos na ordem de R$ 1,5 milhão. "O apoio que tivemos do Funcep foi fundamental. O secretário estadual de Planejamento, Gustavo Nogueira, que é também presidente do Funcep, acreditou na Emepa. Com a inovação tecnológica que é nossa marca, multiplicaremos esse apoio aos produtores do Estado ao produzir animais de alta carga genética”, declarou o presidente da Emepa, Manoel Duré.
Thomaz Steyn prepara embrião
O secretário executivo da Agricultura Familiar, Alexandre Eduardo Araújo, também salientou que o avanço no padrão genético dos rebanhos será primordial para melhorar os índices de produtividade dos animais e aumentar a renda dos agricultores familiares paraibanos.
Técnica da Emepa atuando na transferência de embriões
Wandrick Hauss disse que os embriões são importados em tonéis com nitrogênio líquido. "Cada um deles é identificado pelo DNA do pai e da mãe. No processo de inseminação, os embriões são descongelados, lavados, colocados em seringas e inseridos no útero das cabras e ovelhas selecionadas, que passam por um processo de quarentena”, contou. Segundo ele, são fêmeas com idade de 2,5 a 4 anos e que já tiveram filhos.
Antes da inseminação, os animais passam por controle nutricional, sanitário e reprodutivo. São três meses sendo alimentados à base de soja, milho, farelo de trigo e palma. Depois da inseminação, a alimentação é modificada. Médicos veterinários e zootecnistas acompanham diariamente o rebanho.
Com 35 a 40 dias, é feito o diagnóstico de gestação. A média nacional de nascimentos de caprinos e ovinos nessa tecnologia de transferência de embriões é de 55%, mas a garantia da renovação e expansão do padrão genético resulta em retornos significativos em pouco tempo, ou seja, a oferta de mais carne e mais leite no mercado paraibano.
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